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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Amor à distância, pausa.


Então, a saudade era tanta que ele e ela já não sabiam mas conter as lágrimas, foi assim durante 5 anos, com um único contato, a voz. Isso alimentava uma esperança, crescia mais ainda o afeto, a confiança e o amor, assim o dias foram passando, e a situação não favorecia o encontro tão esperado.
Mas por fim, eles foram vencidos pelo cansasso, decidiram assim, ficar um tempo sem se falar, e vê se as coisas andaria, como os desejos de Deus, assim disseram, que se fosse para ser seria, mas cada dia que se passava a saudade se espandia, e já era impossível segurar o sofrimento com um sorriso falso estampado nos lábios. Por obra do destino, depois de 2 meses sem ter contato algum um com outro, ela, enfim decide ligar, para ter notícias, pois sua dor já feria sua alma como uma lança de cobre atinge o coração, sem dó nem piedade. Quem logo atendeu, foi a irmã dele, que nada sabia da história, pois resolveram guardar segredo, até o dia em que estivesse tudo resolvido entre, a distância e a saudade, a notícia foi uma surpreza avassaladora, e ela não sabia se chorava, ou se sorria.
Diz sua suposta cunhada, que ele havia feito uma viagem para encontrar alguém muito especial, e que ele abrirá o seu coração para toda família, e assumiu completa responsabilidade por tudo que acontecerá com ele no decorrer da viagem, e que não se preocupassem, mas isso em um pedaço rasudaro de papel, escrito à lápis, e talvez rasurado por falta de borracha, então ela, caiu aos prantos, e ela não entendia, porque tamanha loucura.
Depois de trê dias ela, ainda não tinha notícias concretas sobre seu amado, logo quando o sol já havia repousado para seu descanso, ela se depara com um envelope encima de seus livros escolares, sua mãe havia deixado lá, ela passará a tarde fora e não havia verificado a caixa de correio,  ela não sabia indentificar o envelope, e novamente não entendia quem à mandará, foi assim que logo ao abrir, ela entendeu… Era de seu “primeiro verdadeiro amor”, no envelope, contia um anel, preso a um cordão de linha, dentro do anel, tinha uma declaração bem simbólica para os dois “Obs: Eu te amo”, tinha também uma carta, não muito caprichada, mas com palavras que deixaria um coração saltitando de felicidade, e olhos à derramar lágrimas de alegria, ela começou a ler: Olá vida, eu não já não me aguento de saudade, meu coração já está dormente de tanta dor que haverá sentido, e eu por inteiro, já não suporto esperar, e preciso te contar, tenho pouco tempo, e hoje resolvi criar coragem, para tomar caminhada até a sua morada, eu preciso muito cumprir as promessas que lhe fiz, pode não lembrar de todas, mas eu lembro exatamente de cada uma, a primeira seria um abraço de 30 minutos, só pra tentar amenizar toda a saudade, e compensar todo o tempo perdido, a segunda promessa foi de te beijar por horas e horas, sem pressa de ser feliz, a terceira promessa foi de ficar por alguns minutos olhando fixamente em teus olhos, e de tantas, tem uma que me intriga, a promessa que eu tanto almejo, colocar um anel em seu dedo, e eu estou aqui, para cumprir, posso ainda não está, mas eu lhe prometi, eu cumprirei.
Na carta, havia outros detalhes, enfim, ela terminou de ler cada letra, cada palavra, cada parágrafo, linha por linha com muita atenciosidade. Depois de duas horas e alguns minutos, ela recebe uma ligação inesperada e que definiriá o seu destino e o dele, era do hospital, constava apenas esse numero no celular, e ligaram para notificarem a notícia, ele estará lá, sem entender ela logo entendeu todas as vezes em que ele falava que “não tinha muito tempo para te-la”, foi um baque, como se fosse várias agulhas fincadas em seu estômago. Pegou as informações, e foi de encontro ao destino certo e marcado, chegando lá houve uma burocrácia, para enfim poder ver seu amado, e isso há deixava mais angustiada… Depois de algum tempo de espera, ela conseguiu entrar em seu quarto, lá estava ele, pálido, dormindo, sondas e mais sondas, e ela só conseguia ouvir os batimentos dos bips do aparelho que o mantia respirando, ele ainda correspondia à sinais, ele conseguia falar por alguns segundos, mas era pouco para o quão de palavras que ele guardava no peito. Ela ficou por minutos parada, olhando, admirando, cada detalhe de seu rosto, e em todo esse tempo ela se quer um segundo deixou de segurar sua mão, então se dá conta que está ali de frente com a pessoa que sempre à amou com tanta intensidade, e que ela também, se entregou inteiramente. Começa a sussurrar palavras de amor em seu ouvido, e pedi perdão por tudo, tudo, nem ela mesmo sabia porque estava à pedir perdão, sem que ela percebesse ele abre os olhos, seus olhos brilhavam, se enchiam de água, e eu tenho certeza que a sua vontade era de abraça-la, beija-la, arrebata-la sobre seu corpo, mas a única reação que ele conseguirá ter diante dela, foi de apertar sua mão, tão forte, que fez com que ela tivesse um leve susto.
Ela ficou sem reação, e ele com tantas reações reprimidas por não ter forças para se levantar, então ali, ele estende a outra mão, com muita vagareza, por mais estranho que pareça, ele durante todo o processo no hospital, ele nunca abrirá a mão, para nada. Ele leva a mão até  dela, e vai abrindo com muita vagareza, até que o anel se encontra com a palma de sua mão, era o anel que ele guardará, desde pequeno, um anel simples, de plástico, mas que significava muito, muito mesmo para ele, e ali estava guardado todo o sentimento que ele um dia gastaria, só com ela. Ela encheu os olhos de lágrimas, e seu coração por segundos já não batia mais, ele com toda delicadeza do mundo, segurou o dedo anelar da Natália, e foi assim cumprindo sua promessa que mas faria-o completo, logo após, de olhos fechados e com a voz -tremula.
__ Vida, quero que siga em frente, case-se, tenha filhos… Mas não deixe ninguém pisar em seus sentimentos, pois para mim eles são os mais valiosos, não deixe que ninguém lhe faça sofrer, pois seu sofrimento fará com que minhas lágrimas caiam, não deixe que ninguém lhe faça chorar, pois suas lágrimas fará com que meu coração se desmorone. Eu te amo, sentirei saudades.
Assim tais palavras ditas, ele adormece, num sono profundo, os aparelhos começam a gritar, como se alertasse a tristeza que ali dentro daquele quarto hábitava. Ela começa a gritar seu nome, chorando como se o mundo dela estivesse acabando, e assim para ela, o mundo dela estava sim, morrendo…
Ela avisará à família, toda a história foi esclarecida, e tudo correu normalmente por alguns dias, pois depois de um tempo ela se deu conta de tudo que havia acontecido. Como ela havia prometido, ela seguiria com sua vida, casaria-se, teria filhos, mas não sem deixar de lembrar, se quer um dia de seu amado. Hoje ela faz 85 anos, e lembra que à 80 anos atrás, ela começará uma grande história de amor, lá estava ela sentada na varanda de sua casa, segurando o anel de plástico, como se fosse uma jóia rara, valiosa. Ali ela adormece, e vai de encontro ao seu amado, enfim, puderam matar à saudade. 

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